sábado, 25 de fevereiro de 2012

terceiro capitulo

 E assim começou tudo, toda essa história vai falar dele, agora com vinte e dois anos a única coisa que eu tenho é ele e sem ele nada mais nessa vida me importa, não quero viver se for para ficar sem ele para sempre.
Mas voltando a falar do pedido de namoro aos quatorze anos, eu era louca por ele de verdade, só nunca falava, nunca dava o braço a torcer.
Já se passou duas semanas desde que meu pai pediu para que eu levasse o Luis Felipe para ele conhecer, ele me pediu que eu levasse o em uma semana, mas eu dei uma enrolada nele, hoje é sábado e a partir das três horas meu pai está em casa e o Luis vai aqui lá pelas três e meia da tarde, eu comecei a me arrumar assim que o meu pai chegou a casa.
                        – porque está se arrumando tanto Lizi?
 – pai, o Luis vem aqui hoje, não se lembra?
 – é, mas ele vem falar comigo, não com você.
 – eu sei, mas eu tenho que estar bonita.
 – você não vai sair com ele hoje vai?
 – não pai.
 – ótimo, sempre que vocês forem sair eu quero que você fale comigo.
 – está bem pai – eu disse a ele e logo a campainha tocou, devia ser o Luis Felipe na porta, eu estava nervosa, queria que tudo aquilo acabasse logo – eu abro a porta! – eu disse correndo até a porta tentando reparar tudo aquilo.
 – oi – ele disse a mim sorrindo, como estava bem arrumado, normalmente usava o cabelo desgrenhado, mas ele continuava lindo do mesmo jeito
 – tem certeza que quer fazer isso? Eu poço dizer ao meu pai que não vai dar certo ou alguma coisa.
  – eu quero isso, eu gosto muito de você e sei que sabe disso.
 – só nos conhecemos a duas semanas.
 – mas na primeira vez que te vi, sabia que queria você, sabia que você era perfeita para mim.
 – você é muito exagerado, precisa descer das nuvens.
 – para que descer se eu tenho você ao meu lado perto delas?
 – vem cá exagerado – eu disse a ele o puxando pelo braço e o levando até o meu pai.
 – oi senhor – ele disse apertando a mão do meu pai, eu nunca o tinha visto tão sério daquele jeito.
 – oi – meu pai respondeu sério – qual é o seu nome rapaz?
 – é Luis Felipe.
 – prazer Luis Felipe, eu sou o Marcos, o pai da Lizi.
 – então seu Marcos, eu queria pedir para namorar a Lizi.
 – porque não vai pedir mais?
 – eu vou sim.
  – então peça.
 – poço namorar com a Lizi?
 – pode sim, mas terão regras.
 – pode dizer senhor.
 – nada de ficarem aqui em casa sem que eu esteja ou um adulto responsável, quando forem sair estejam em casa antes das onze da noite e sempre falar comigo antes de saírem.
 – pode deixar comigo senhor.
Eu fiquei quieta toda a conversa, não queria me meter, mas achei as regras um pouco chatas, mas fiquei com medo de falar e meu pai não querer mais que namore com ele.
Sinceramente eu não sabia se gostava mesmo dele naquela época, mas assim que eu percebi que estava com medo do meu pai dizer não, descobri que gostava dele e que estava morta de medo que o meu pai não me deixasse mais vê-lo.
 – então nós podemos sair amanhã? – o Luis perguntou ao meu pai.
 – isso você tem que ver com ela, vocês só tem que me dizer quando forem sair.
 – tudo bem – o Luis disse – vamos sair amanhã?
 – pode ser – eu disse sorrindo.
 – ótimo, já que vocês não vão sair hoje, eu vou ter umas conversinhas com o Luis enquanto você lava a louça.
 – mas pai...
 – mas nada, apenas vá lavar a louça.
Eles foram para o escritório e ficaram lá, eu já tinha terminado de lavar a louça quando eles saíram e o Luis não me disse nada, apenas me beijou e disse que tinha que ir, ia contar aos pais dele que ele estava namorando e apenas isso.
 – pai! O que vocês conversaram?
 – coisas de homem – meu pai disse com um sorrisinho sarcástico no rosto.
 – é sério, pai.
 – eu disse que você é minha bonequinha e que se ele te magoar vai arrepender-se profundamente.
 – não disse isso?!
 – não com essas palavras.
 – o senhor é tão exagerado.
 – eu sei meu anjo, agora você está tão crescida e eu não tenho que tomar conta como antes.
 – pai você é incrível – eu disse me sentando do lado dele – você sempre esteve do meu lado mesmo quando eu não precisava você é de mais e mesmo crescendo sem a mamãe você fez um ótimo trabalho.
 – obrigado, filhinha – ele me disse com um sorriso cativante no rosto.

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